
Em fevereiro de 2019, a Ford, mais antiga fabricante automobilística do brasil, com 100 anos no país, anunciou que fechará sua fábrica em São Bernardo do Campo, deixará de fabricar os caminhões Cargo, F-4000, F-350, e o automóvel Fiesta, e deixará o mercado de caminhões da América Latina.
Breve histórico:
A Americana Ford fundou sua subsidiária no Brasil em 1919, primeira fábrica de automóveis do país, o caminhão modelo TT foi o primeiro montado pela fábrica brasileira,
Em 1957 a Ford lançou a famosa série F, seu primeiro modelo, que também era o primeiro caminhão Ford nacional, era o F-600 a gasolina, e em seguida também foi lançada a primeira pick up da série, a F-100, 4 anos depois, em 1961 já lançava seu primeiro caminhão a diesel, o F-600 com motor perkins de 125cv.
Os caminhões e pick ups da série F passaram por várias atualizações e lançamentos, tiveram uma importante participação no transporte brasileiro, vários modelos ganharam grande destaque e importância como F-1000 e F-4000, antecessoras das antigas F-250, e atuais F-350 e F-4000 que agora também deixaram o país.
A famosa linha cargo foi lançada em 1985, iniciando uma grande atualização dos caminhões Ford com a nova cabine avançada.
Em 1987 a Ford chegou a se unir a Volkswagem fundando a Autolatina, união que foi desfeita em 96, seguida por uma crise da marca no Brasil que perdurou até início dos anos 2000.
A última grande atualização dos caminhões da Ford, ocorreu em 2012, com o lançamento de mais de 10 modelos incluindo os extra pesados cabine leito. E em 2017 a Ford lançou o novo cambio automatizado torkshift.
Desde 2018, já havia rumores de que a Ford poderia deixar o Brasil pois andava amargando prejuízos constantes, e estudando várias formas de contê-los. No mercado de pesados, a marca que já foi campeã de vendas também sofreu com a crise mais que suas concorrentes, e no mercado de automóveis seu faturamento está baseado em apenas dois modelos, o Ká que se encontra entre os 5 mais vendidos do país, e o Ecosport que já viveu seus dias de glória más atualmente encontra dificuldade em concorrência com inúmeros modelos de utilitários compactos que surgiram nos últimos 5 anos. O Focus, que era importado na argentina já teve o adeus anunciado pela Ford. O Fusion deixará de ser produzido na América do Norte, de onde é importado para o nosso mercado, passando a ser produzido na China e sua vinda para o Brasil é incerta. A picape Ranger também já teve dias melhores, está hoje em terceiro lugar no ranking, ameaçada de perto pela VW Amarok: vende pouco mais que metade da Chevrolet S10 e está bem distante da Toyota Hilux.
De acordo com a marca, a medida foi tomada após vários meses de busca por alternativas, que incluíam parcerias e até a venda da operação, sendo a decisão "um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".
A saída da Ford com fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo divide opiniões, há o enorme impacto negativo das demissões.
A FORD afirmou que manterá o apoio integral aos consumidores no que se refere a garantias, peças e assistência técnica.
A companhia americana Ford Motor Company anunciou nesta terça-feira que em 2019 fechará sua fábrica mais antiga no Brasil, em São Bernardo do Campo, que emprega cerca de 3.000 pessoas, e deixará o mercado de caminhões na América do Sul, como parte de seu plano de reestruturação global.
"Sabemos que esta ação terá um grande impacto em nossos funcionários em São Bernardo e trabalharemos de perto com nossos acionistas a respeito dos próximos passos", disse o presidente da Ford para a América do Sul, Lyle Watters, citado em um comunicado da empresa.
O Conjunto Industrial Ford São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, iniciou suas atividades em 1967. Tem 2.800 operários contratados, além de terceirizados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da região.
No comunicado, a Ford não dá detalhes sobre o futuro de seus atuais funcionários.
Além dos caminhões F-4000 e F-350, a fábrica monta o veículo Fiesta. Todos os modelos serão vendidos até o fim dos estoques, informou o comunicado.
A Ford pretende gastar US$ 460 milhões em consequência da medida.
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